20 de abril de 2014

A Volta ao Mundo em 80 Dias - Julio Verne [adaptação de Walcyr Carrasco]



    Acredito que todo mundo já ouviu falar das histórias incríveis do famosíssimo autor francês Júlio Verne, ou pelo menos já soube daquele filme bem legal sobre um tio e seu sobrinho que viajam até o centro da Terra, buscando o pai do garoto, que, por um acaso, descobriu como chegar ao centro do nosso planeta. De fato, essa é uma das histórias mais conhecidas do Julio por aí, mesmo que ninguém saiba que é do Verne, ou que, enfim, isso é um livro.

    E é claro que as histórias do Julio despertam a imaginação de todos os leitores existentes, afinal de contas, quem nunca sonhou em viver as aventuras de um homem que dá a volta ao mundo em 80 dias?! Quem nunca sonhou em descobrir uma passagem pro Centro da Terra? Ou viver as aventuras do livro Vinte Mil Léguas Submarinas?!

    É mais que um fato que os livros do Verne são os mais comentados, mais curiosos e que mais aguçam a imaginação dos leitores, mas... Será que uma adaptação teria a mesma força criativa? Só lendo a resenha para saber. Assim sendo, vamos ao livro!

"Phileas Fogg, um inglês pacato, calmo, metódico e solitário, cumpria todos os dias a mesma rotina: chegava pela manhã ao Reform Club e só saía de lá à meia-noite, quando voltava para a solidão de sua casa. Misterioso, nunca compartilhava sua intimidade com ninguém.
    Mas tudo mudou quando apostou com alguns sócios do clube metade de sua fortuna, afirmando que daria a volta ao mundo em 80 dias! Era o ano de 1872, e ele e seu novo criado, Passepartout, embarcaram em uma aventura que nenhum dos dois imaginava como seria o fim!"

Autor: Julio Verne [adaptação de Walcyr Carrasco]
Editora: Editora Moderna.
Ano dessa edição: 2012 (2ªEd)
Ano da edição original de Verne: 1873.
Número de Páginas: 335 (livro acaba em 327)
Minha nota no Skoob: 4/5


    É um fato que, como eu já disse, os livros do Júlio Verne encantem o povo. Parece até mesmo que Verne possui a fórmula da 'aventura e ação' em seus livros, com seus personagens simples e suas histórias cheias de adrenalina e suspense, e também um enredo muito cativante.

    Apesar de ter lido somente dois livros do Verne (contando com essa adaptação), eu já sinto que todos os livros do autor têm a mesma fórmula básica, que faz os leitores imaginarem mundos fantásticos e aventuras deslumbrantes, que fazem nossos corações curiosos e criativos passarem por 'n' lugares e situações diferentes.

    Nesta grande aventura, acompanhamos a vida metódica de um homem muito rico e misterioso chamado Phileas Fogg e seu criado, Passepartout, que, por conta de uma aposta do excêntrico milionário, terão de atravessar o globo em exatos 80 dias.


(letrinhas roxas, desenhos fofos acima do título, que tem uma fonte bem legal também! Em termos de 'fonte', essa edição arrasou!)

    Só de ler a sinopse o leitor já fica bem entusiasmado com a história que não perde a fórmula de Julio Verne. Entretanto, como eu mencionei acima, a minha versão lida foi uma ADAPTAÇÃO escrita pelo Walcyr Carrasco. O que isso significa? Que esse não é o texto original, mas sim adaptado pelo Walcyr.

    O que, aparentemente, não tira toda a aventura/interesse da história - apesar de que eu ainda pretendo ler o texto original para poder comparar as duas versões (e fazer um post aqui sobre isso, claro). 

    Sobre essa edição da adaptação, eu a achei maravilhosa! Não só a capa, que é lindíssima - bem colorida, com desenhos maravilhosos - mas também a fonte interna que, além de mediana, é também roxa! Isso mesmo, a fonte de todo livro é meio roxinha, o que dá um tom muito diferente à leitura - já que, pelo menos eu, nunca li um livro com a fonte de outra cor sem ser preto. Além de que há pequenas 'caixas de informações' em alguns pontos da narrativa - onde Walcyr aproveita para explicar o que significa algo, ou, como acontece em um capitulo, porque os personagens dizem que a Índia é território inglês.

    Eu achei essa edição realmente muito boa, e aparentemente confiável, já que Walcyr Carrasco é um grande fã das obras de Julio Verne e, por conta disso, imagino que ele não editaria algo, ou adaptaria prejudicando a leitura ou a própria obra - como eu já vi acontecer!!

    Mas ainda preciso ler a obra original do Verne para poder dizer se essa adaptação foi realmente boa, ou se foi mais ou menos (como às vezes, infelizmente, acontece).

(Essa edição é muito fofa, gente. Vale muito a pena ler)

    Mas, voltando aqui à narrativa do livro, nós temos uma escrita bem simples e fácil de ser entendida. Os personagens são extremamente cativantes, simples e interessantes e, de fato, as situações que envolvem a tal 'aposta' da volta ao mundo são muito, muito curiosas.

    Uma parte da narrativa me lembrou, relativamente, Os Miseráveis, do Victor Hugo e eu fico imaginando se o Julio não se inspirou no livro de Victor para essa parte da narrativa - talvez isso realmente tenha acontecido, já que 'Os Miseráveis' foi lançado em 1862 e A Volta ao Mundo em 80 Dias foi lançado em 1873, exatos 11 anos depois. Não seria surpreendente, na verdade, já que esse pequeno fato (que não irei contar) realmente é bem semelhante ao de Os Miseráveis.

    De qualquer modo, foi apenas uma lembrança que sempre me ocorria durante a leitura. E, ainda assim, não achei ruim (como às vezes acontece que lermos um livro que é QUASE um cópia-cola de algum outro exemplar mais antigo), achei até divertido, porque me fez sentir saudades de Os Miseráveis - e ansiar por uma releitura.

    Acredito que essa narrativa, com tal história extraordinária, é nada mais nada menos que muito cativante. Não só pelas aventuras interessantes e o grande "suspense" que corre durante a leitura (que vocês só saberão se lerem), mas porque essa história de "dar a volta ao mundo" já chama a minha atenção há séculos. Eu sempre tive o desejo de arrumar uma mochila, uma máquina fotográfica, um caderno em branco, violão e uma companhia legal para efetivamente 'dar a volta ao mundo' - sair dirigindo pelas estradas do mundo, num carro velho mesmo - e viver aventuras e descobertas interessantes, justamente como o Phileas Fogg.

(ainda vem com os clássicos universais escritos bem ali embaixo. Desses li somente Os Miseráveis, do Victor Hugo, e Viagem ao Centro da Terra, do Julio)

    Não tenho críticas severas sobre o livro, claro, mas preciso explicar porque, diabos, dei somente 4 estrelas para um livro tão cativante quanto esse: o fato de ser uma adaptação implicou bastante nisso, e como eu ainda não li o original, não sei se é realmente muito boa. Assim sendo, guardei essa última estrela para quando ler a obra original do Júlio, para então comparar com a adaptação e tirar minhas conclusões sobre "adaptação X obra original".

    Fora isso, esse livro é muito divertido e bom para se ler, assim como Viagem ao Centro da Terra - que também farei resenha para o blog.

    Espero que vocês tenham curtido,

    Ana


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