13 de abril de 2015

Cinderela (2015)



Confesso que quando fui ver Cinderella, não tinha expectativas nenhuma em relação ao filme. Aliás, tinha: que seria um filme bem “meh”, tipo aqueles da sessão da tarde, que você vê pra passar o tempo e esquece assim que sai da sessão.

Antes de me julgarem, entendam que essa expectativa negativa não foi baseada em “nada”. Na verdade, antes dele estrear, era um dos filmes que eu mais aguardava para ver. Mas depois de sua estreia começaram os comentários negativos e chegou ao ponto do filme ser resumido para mim da seguinte forma: “A única coisa boa do filme são os animais e as roupas bonitas.”

Ah, vá, né. Pagar 16 reais pra ver animais e roupas bonitas eu ia ao zoológico e depois na Forever 21. sdds, forever, pq tão longe :’(

Mas mesmo com o preconceito fui ver. E me surpreendi.

A tal “mosca-mortice” de que acusavam a protagonista não é verdade. Pelo menos não para quem prestou atenção. Lilly James, intérprete da Cinderella, consegue balancear perfeitamente a doçura e força que dão o tom da personagem. A menina tem uma graça invejável, tem a voz doce e todos os outros pré-requisitos de mosca morta, mas sua presença de espírito não passa despercebida, e isso dá vida à Cinderella sem torná-la forçada.



O cliché do príncipe encantado imponente em seu cavalo branco que só aparece para salvar a mocinha também não é verdade. Tiveram o cuidado de dar vida ao príncipe, contar um pouco da sua história, da sua personalidade e relação com o pai (o rei). E tudo foi muito bem interpretado por Rob Stark Richard Madden.


E apesar da perfeita combinação do casal principal, o destaque do filme é inegavelmente a madrasta de Cinderella, interpretada por Cate Blanchett. Que a mulher é boa atriz, todo mundo sabe, mas ela consegue te cativar mesmo no papel de vilão de forma que você quase consegue torcer por ela. Um dos aspectos que me surpreendeu no filme, aliás, foi a relação Cinderella/madrasta. Diferente do clássico onde a madrasta é claramente má com Cinderella a partir do momento em que seu pai morre, a Lady Tremaine do filme atual passa por um processo gradual de  maldade manipulando sorrateiramente a Cinderella a fazer seus caprichos até que ela finalmente se torna sua criada.



Sobre a fada madrinha... Olha, isso na verdade foi um ponto de decepção. Acho que talvez tenha botado uma expectativa muito grande sobre a Helena Bonham Carter, mas achei a atuação dela um tanto forçada demais. Sinceramente, a fada madrinha interpretada por ela parecia que tinha tomado uns drinks antes de aparecer por lá. Muito avoada, muito desastrada, muito muito. E embora a intenção desse exagero todo fosse dar um tom de humor à cena, talvez o diretor da próxima vez prefira ficar com a máxima do “menos é mais”.

Máxima que se aplica, por exemplo, à trilha sonora. A canção de ninar “Lavender’s Blue” embala o filme todo, intercalada com algumas outras poucas músicas instrumentais, gruda na sua cabeça de uma forma boa, e te faz sair da sessão com uma vontade enorme de dançar igualzinho o príncipe dança com a Cinderella.




Recomendo o filme para todos. Todas as idades, todos os gostos. Ele tem comédia, romance e intriga na medida certa para agradar a todos os públicos, não fica cansativo e te surpreende mesmo você conhecendo o conto de trás para frente. 


Ah, e os animais são muito bons mesmo. E as roupas bonitas também. 

Corre pra ver que vale a pena!

Richard Madden 8

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