21 de dezembro de 2013

Escrito Sob Fogo e Sangue - A Decisão [Adrieni Yassine]



Então, hoje venho com a resenha do livro A Decisão, primeiro livro da saga Escrito Sob Fogo e Sangue, da nossa autora parceira Adrieni Yassine.

É um livro realmente interessante por alguns aspectos e eu confesso que estou ansiosa para o lançamento do segundo livro - por conta de tais aspectos.

Bem, vamos mergulhar agora no mundo de magia de bruxas elementais.






"As histórias de amor e de luta são recheadas de magia, fogo e sangue. As raças expulsas, bruxas e magos iniciam seu retorno para o planeta azul. Elas se misturam, se amam e se odeiam. Afinal, viveram com os humanos.
O equilíbrio está na superação individual, as diferenças são marcadas por Kir e Destroc, os pais do redentor, aquele que unirá as forças de todas as raças."







    Este primeiro livro fala sobre o amor de Kir e Destroc, uma bruxinha que vivia na Floresta com as outras bruxas - incluindo as elementais e Lanah - e que tem como missão fazer Destroc, um antigo mago que se tornou extremamente mau e amargurado, se livrar de todos os espíritos malignos que o cerca.

    Durante toda a leitura, vemos o quão importante é a harmonia entre os seres e o planeta - as florestas, as praias, enfim, todos os ecossistemas existentes - para garantir a existência e sobrevivência das bruxas - e dos seres humanos também, é claro.




    O livro tem um enredo muito interessante. Como deu pra perceber na sinopse - e já foi falado também - o livro tem toda uma áurea de magia, com bruxinhas, e encantamentos, e Palácios antigos e histórias ainda mais antigas - de outras vidas, inclusive. Falando sobre isso, gostaria de comentar que gostei bastante do link que a autora fez ('magia' e espiritismo - magia entre aspas porque cada um tem sua própria visão de magia, então, enfim) porque ficou bem... Entrelaçado e fazia sentido - não adianta nada a pessoa pegar dois temas interessantes e tentar entrelaçar, mas os dois não fazem o menor sentido! Nesse quesito, Escrito Sob Fogo e Sangue me ganhou.

    Ainda falando sobre esse 'link' entre magia e espiritismo, eu diria que o livro, em si, me lembrou bastante um outro que li há algum tempo - na verdade, há muito tempo - e que se chamava O Cavaleiro da Estrela Guia. Não sei se a autora já leu este ou algum outro livro dessa série, mas muitos aspectos, como as batalhas pelos Pilares do Dom, me fizeram pensar n'O Cavaleiro da Estrela Guia - não digo que é a mesma coisa, porque realmente não o é, mas me lembrou bastante!

    Outra coisa que me fez pensar nesse livro espírita foram as mensagens que a autora quis passar durante a leitura - ter fé, ser otimista, ter coragem para enfrentar seus próprios espíritos malignos e criar seus Pilares do Dom (durante a leitura vocês vão entender o que são esses tais 'pilares'). Também não eram as mesmas mensagens, mas de uma forma ou de outra, tinham a mesma essência.

    Deixando de lado esse aspecto levemente espírita dos livros, uma coisa que me fez "sorrir bastante", digamos assim, foi a 'preocupação' com a natureza existente nesse livro.

    Não sei se quem está lendo essa resenha agora ao menos leu o meu texto em 'Quem Escreve', mas eu faço biologia e pretendo ser Bióloga Marinha. E, claro, como uma futura bióloga marinha eu me preocupo - e muito - com o meio ambiente e com o equilíbrio entre os ecossistemas. Afinal de contas, cada família, cada espécie existente na natureza é importante por conta da cadeira alimentar, e sem ela não há predador, e sem predador causa um desequilíbrio ecológico, etc, etc, etc. Não vamos falar sobre ecologia agora haha.

    De qualquer forma, a história diz que as bruxinhas, para viverem em paz na Terra, elas precisam estar sempre em contato com um meio ambiente puro, mas que, infelizmente, as empresas dos 12 líderes mundiais mais 'terríveis' estão destruindo com tudo (aí que entra o grande objetivo delas: ir para a Terra, ajudar os 12 líderes em suas batalhas pelos Pilares do Dom, afastarem os espíritos malignos e construírem um caminho do bem) e isso detona com a saúde 'mágica' das bruxas. E, uau, Adrieni conseguiu fazer uma crítica fantástica ao mundo de hoje: as pessoas não ligam pro meio ambiente, pois só querem saber de 'aumentar', 'expandir' seus impérios.


    A narrativa é feita em 3ª pessoa, na maior parte, mas em 1ª pessoa quando a autora está falando sobre Kir - na realidade, algumas vezes isso varia, o que me deixou levemente confusa, mas nada demais. Dá pra levar numa boa - e eu encontrei uns pequenos erros durante a leitura. Por exemplo, em sua primeira aparição, o mordomo de Destroc é apresentado como sendo Nelson Salvador (um nome bem peculiar, aliás, e que eu achei engraçadíssimo), porém, em suas aparições posteriores, Nelson era "reapresentado" como sendo Alfredo Salvador! Assim como o redentor, quando apresentado com letras maiúsculas, era JUSTIN e com letras minúsculas era Justine. Confesso que prefiro Justine, porque é diferente de Justin e Justin é um nome muito comum (haha). A sensação que eu tive foi que a autora escrever o livro, porém teve que parar, e quando retomou a escrita acabou, não sei, esquecendo algumas coisas ou mudando coisas depois da metade e não mudando antes da metade. Não sei se é da minha edição, aliás.

    De qualquer forma, isso não abala a leitura e não atrapalha em nada o entendimento da história, cujo enredo é simples e de rápida compreensão.

    Ainda falando sobre o enredo e sobre os personagens, uma única coisa que me deixou meio... Irritada - não é essa a palavra, mas esqueci o adjetivo agora hahahaha - foi o fato de que todas as bruxinhas eram unicamente boas, unicamente otimistas e unicamente fofinhas. Era quase como se todas elas fossem uma só pessoa, dividida em algumas partes - que originaram as bruxas. Ok, faz sentido, mas, não sei, não sou muito fã de personagens muito fofinhas, otimistas e boas (confesso que tenho quedas/precipícios por Lolitas e Kevins da vida)



    Uma coisa que me fez 'cair de amores' pelo livro foi o fato de que há um redentor, e este sujeito era, inicialmente, filho de Cristo e Maria Madalena. Não perguntem porque - fica a dica - mas eu amei quando ela disse que Cristo e Madalena tiveram um filho e que ele era o responsável pela salvação e harmonia entre as mais diversas raças sobrenaturais (porque, além das bruxas, também existem os lobisomens e vampiros). Veja bem, eu não sou católica (sequer sou monoteísta - coisa de família) e não faço ideia se Maria Madalena aparece na religião católica, mas eu acho que já ouvi falar - mas sempre que eu tento entender porquê, diabos, Cristo e Madalena não podiam ter tido nenhum tipo de... relação, ou filhos, minha mente entra em pane. Eu simplesmente não consigo entender! 

    Eu sempre ouvi as pessoas mais fervorosas e obcecadas por suas religiões dizendo que Cristo e Madalena não tiveram nada porque ela era uma maldita, uma pecadora (?) e que isso, e que aquilo outro (tanto que quando a Lady Gaga apareceu vestida de Maria Madalena no clipe Judas, muitas, muitas pessoas criticaram a mulher e começaram a surgir boatos - meio malucos - de que ela tinha um pacto com Satã. ???- enquanto que eu passei a admirar a mulher, por conta justamente disso. q), e eu sempre fui contra isso! Não faz sentido. De qualquer modo, deixando de lado esse embate polêmico sobre Madalena, Lady Gaga e Satã, eu adorei essa ideia dela - e faz ainda mais sentido. Afinal, o redentor seria filho dos dois e meio que 'continuaria o trabalho do pai'. Eu não sei, não entendo isso.

    As mensagens que a Adrinei passa, durante a leitura, são realmente muito boas. Eu concordei com algumas, claro, mas com outras... Bem, discordei completamente - o que é normal, afinal de contas, se todo mundo concordasse e discordasse das mesmas coisas, o mundo seria uma total chatice (e hipocrisia, o que, na verdade, ele já o é) - como quando ela falou sobre a bondade total no ser humano (ou era sobre um mago que era totalmente bom, algo assim). Eu não acredito que exista - ou que deva existir - uma bondade total. Acho que somos feitos de equilíbrio, e que precisamos tanto do lado escuro quanto do lado claro para existirmos em harmonia. É mais ou menos como o 'yin-yang'. Também não concordei sobre aquele otimismo todo, mas é porque eu sou a pessoa mais realista que existe, e, nesse caso, posso ser muito pessimista de vez em quando (mas, ei!, a culpa é - das estrelas, q - da realidade que é pessimista u.u )

    Anyway, eu gostei bastante do livro. Mesmo. Gostei da escrita simples e fácil da Adrieni, gostei das personagens - por mais que elas sejam praticamente o oposto meu HAHA - e também gostei do incrível link magia/espiritismo/algo a ver com o espiritismo (nunca sei identificar esse tipo de coisa).

    Espero ANSIOSAMENTE pelo segundo, que, aliás, já vi que estará lindão - segundo a própria autora na página do livro no facebook! - e pretendo ler o mais breve possível :D

    Beijos para vocês, jovens e até a próxima resenha: Os Versos Satânicos, de Salman Rushdie. 

    Ana :3

8 comentários :

  1. Adoro livros que envolvam magia, fadas, magos, etc. Esse parece ser muito bom :}

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  2. Li este livro e gostei muito da narrativa e da estória. Foi uma das leituras mais agradáveis que tive esse ano. Beijos.

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  3. O livro me encantou *-*... E a sinopse confirma o que eu pensava dele :D

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  4. Esse Livro é bem o meu estilo. Fiquei com vontade de ler agora...

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  5. Gostei da história ^^^e o blog está de parabéns

    http://livrosseriesemelodias.blogspot.com.br/

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  6. eu nunca li um livro desse gerero, acho que nunca me interessei muito.

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  7. Confesso que tendo a me decepcionar com livros que incluam bruxas, mas a sinopse parece ser bem atrativa.

    bjs

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