14 de dezembro de 2013

A Culpa é das Estrelas [John Green]


    Então, agora eu trago mais uma resenha pra vocês (ando frenética com as leituras hahahahha) e é sobre mais um livro que andou na boca do povão; A Culpa é das Estrelas, do John Green (carinhosamente apelidado de João Verde).

    A Camila também já havia feito uma resenha sobre esse livro antes, mas eu gostei bastante dele e acho que merece outra resenha lecal q. Caso queiram ler, também, a resenha da Camila aqui vai o link :)

    Pois bem, confesso que nunca havia lido um livro do Green antes em toda a minha vida e que, admito, não pretendia fazê-lo nunca. Eu realmente achava que os livros do homem eram muito "romantiquinhos" demais pro meu gosto (não suporto livro de temática romântica) e fazia questão de não ler nada que tenha vindo dele. Até uma amiga ler A Culpa é das Estrelas e me oferecer emprestado (eu estava lendo A Interpretação dos Sonhos, na época) e eu acabei aceitando.

    Acho que fiz uma boa escolha, porque o livro me tocou de uma forma que, bem, eu já tinha imaginado que faria - mas, ainda assim, o romance me pareceu exagerado. De qualquer forma, vamos à resenha.

"Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante - o que lhe dá a promessa de viver por mais alguns anos -, o último capitulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito de páginas em branco de suas vidas".

"Não sou formada em matemática, mas sei de uma coisa: existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros... Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Eu queria mais números do que provavelmente vou ter. HAZEL GRACE"

Editora: Intrínseca
Ano: 2012

    Pois então. Esse livro conta a história de Hazel (como acabamos de ler nas sinopses acima) que está com um maldito câncer na tireoide e com metástase no pulmão. A garota foi diagnosticada como 'paciente terminal' e isso meio que significa que as chances dela de vida são... Baixas. Ela precisa ficar andando de um lado para o outro com um carrinho de oxigênio, porque seus pulmões são um fracasso como pulmões - o que ela mesmo diz - e toma um remédio que "ajuda" a diminuir as células cancerígenas.

    Logo no primeiro capitulo acompanhamos a ida de Hazel a um Grupo de Apoio, numa igreja católica, onde ela fica ouvindo um tal de Patrick falar sobre seu câncer de próstata e sobre a sua "falta de bolas". É divertido nos primeiros capitulos, pois Hazel é carregada de sarcasmo e ironia e consegue fazer de toda aquela situação (triste) algo aparentemente rotineiro e entediante. O que, se pensarmos melhor, é.


    Durante a história conhecemos Augustus Waters que, de cara, se torna o "par romântico" da garota. Ele tem câncer nos ossos e tem praticamente 85% de chances de sair 'bem' de toda essa situação. E também conhecemos Isaac, um garoto com câncer nos olhos que se operará em breve e ficará totalmente cego.

    A melhor coisa no livro inteiro foi o fato de Hazel ser realista e saber que ela vai morrer - ela sempre corrigia a mãe, quando ela dizia "se você morrer", mudava para um "quando eu morrer". Ok, claro, um pouco de esperança também é bom e tudo mais, mas eu realmente acho que ela foi pelo melhor lado. A realidade não é um conto de fadas ou, como eles repetem algumas vezes durante a narrativa, "o mundo não é uma fábrica de realização de desejos" - se referindo aos "Gênios", um tipo de 'organização' que realiza desejos de crianças com câncer (cada uma delas tem direito a somente um desejo - Hazel gastou o dela indo pra Disney HAHA).

    O que eu realmente acho é que se pensarmos tudo sempre pelo lado mais otimista - e muitas vezes mais falso - acabamos nos decepcionado com mais facilidade. A questão é que essas pessoas costumam criar expectativa e, acreditem, a última coisa que uma pessoa deve criar em toda a sua vida é expectativa. Isso destrói o ser humano e faz você ficar extremamente triste. Não é bom. Pode parecer bem pessimista, eu sei, mas me desculpe: a realidade é fria.

    Às vezes você tem 85% de chances de sobreviver a um câncer, e, às vezes, você morre.


    De qualquer modo. Acho que a história me tocou justamente por esse lado do câncer e de que nem sempre as coisas são como esperamos (nem sempre você sobrevive ao que parecia ser impossível de te matar). Na verdade, eu fiquei muito emocionada com as cenas finais, porque já passei por isso - duas vezes - e sei exatamente como é.

    Enfim, voltando ao livro. Uma das coisas que também gostei foram os outros livros mencionados! Queria que eles fossem reais ou que, sei lá, John Green os escrevesse - pelo menos o do videogame, pois o da Anna parece muito com a história de Hazel, então, meio que eu estava lendo a história da Anna, mas pelo outro lado. Entenderam? Acho que não, mas de qualquer forma, queria que o Green os escrevesse! Que nem aqueles três livros do Harry Potter (Os Contos de Beedle, o Bardos; Animais Fantásticos & Onde Habitam; Quadribol Através dos Séculos) que, afinal de contas, eram livros dentro dos livros do Harry e acabaram virando 'reais' quando ela os escreveu e publicou.

    Eu amei aquelas histórias (e amei ainda mais os comentários de Hazel sobre elas) e gostaria muito de lê-las, de verdade, um dia. Quem sabe?


    Bem. Se algum de vocês um dia, por um acaso, for ao meu skoob.com verá que eu dei somente 4 estrelas a este belíssimo exemplar - falando nisso, a capa da outra edição é muito mais bonita que essa! Concordam? - e provavelmente se perguntará porque. Acho que é relativamente óbvio.

    Eu nunca fui muito fã de livros muito românticos e nem nada disso. Na verdade, sempre "evitei" livros desse tipo. Essa história, especificamente, não me incomodou tanto porque eu consegui prestar mais atenção nos sinais do câncer e em toda essa reflexão do que no próprio romance em si, mas, ainda assim, confesso que achei meio 'bizarro'. Não sei explicar porque, só achei meio doido o cara falar que estava a fim da outra com só alguns dias de conhecidos.

    Que mundo é esse gente?

    Mas, de qualquer forma, acho os dois fofos juntos e tudo mais.

    Falando nisso, acredito que a maior parte dos leitores (e até mesmo de pessoas que não leram o livro) sabe que vai sair o filme, em breve. Hazel será interpretada pela Shailene Woodley (que, aliás, ficou muito bem de cabelo bem curtinho) e o Augustus será interpretado pelo Ansel Elgor. Não sei se concordam comigo, mas eu não achei que o moço ficou tão bem para o Gus, acho que seria mais interessante se fosse aquele outro garoto - um tal de Joshua Anthony - porque ele realmente ficou bem "parecido" com o Augustus, segundo as descrições no livro.

    Enfim. Quando lançar o filme estarei na primeira fileira, pronta para assistir e ter altas reflexões sobre o câncer e a morte, e acho que farei uma resenha do filme aqui. Quem sabe? Espero que tenham gostado dessa resenha, porque eu gostei bastante de escrevê-la, e a próxima será sobre o primeiro livro da série 'Escrito Sob Fogo e Sangue', da nossa autora parceira Adrieni Yassine.


    Até,

Ana :)

0 comentários :

Postar um comentário